quarta-feira, 7 de setembro de 2011

teve o seu bom fim...

Pensem em algo que está sempre convosco, mesmo como se fosse uma segunda pele... um objecto... 24 horas por dia...
Eu penso por vocês e digo-vos: uma pulseira do bonfim
Toda a gente já teve uma... ou então é algo para estranhar...
e eu tenho, neste momento 3.
Mas até hoje de manhã tinha 4!
E esta pulseira de que falo é, como a minha Amiga que me ofereceu diz, digno de blog. Óbvio, foi a resposta.
Esta pulseira estava no meu pulso desde os meus 12/13anos, desde o 8º ano. Isto significa que passaram 7 anos de união como mais nada sem ser o meu corpo passou de seguida!
É como a minha pele, uma tatuagem, algo que podia ser eterno por toda a simbólica que tinha...
Foi uma Amiga, daquelas que são mesmo melhores amigas, e que são eternas, passe o tempo que passar! E representava-a. Tenho outras 2 pulseiras que a representam e são muito importantes! Uso-as para me sentir mais bonita num outfit qualquer de verão, uso-as sempre que me quero sentir protegida e com sorte, uso-as porque me apetece, uso-as porque me lembro dela todos os dias...

Mas a pulseira laranja do bonfim...
Ai a pulseira laranja do bonfim que já não tinha cor...

Viveu comigo a minha adolescência!
Esteve no mar, na piscina, tomou banho comigo milhares de vezes e ficou a cheirar ao meu gel de banho, andou de avião, viajou por Cabo Verde, Espanha, Andorra, fez anos e anos de ski comigo, conheceu Portugal, teve de mãos dadas com o Pedrosa, com o Bruno, com o MEU João, abraçou amigas e amigos eternos, abraçou amigas e amigos que se ficaram pelo caminho, andou no teatro e no hóquei, teve com o Rufus, conheceu a Mimi, passou por 3 casas em Coimbra, Condeixa, FIgueira da Foz, Aveiro, Lisboa; conheceu milhares de alegrias, teve momentos de angústia, desgostos de amor e afins, escrevinhou muitos textos, testes, frequências e exames com esta minha mão canhota, pousou para centenas de fotografias, viu-me a crescer uns centímetros, o meu corpo a tomar formas, a engordar e a emagrecer, até já foi mergulhada em cêra numa espécie de spa para mãos (para tirar a cêra seca no fim é que foi o cabo dos trabalhos), esteve aqui comigo a ver-me ser pessoas, a ser eu...

Eu não sou daquelas que guarda os bilhetes da queima, nem o bilhete do cinema com não sei quem, não junto lixo físico  que basta ser uma realidade bonita na minha memória...
Mas isto, esta pulseira do bonfim que outrora era laranja, não é um bilhete, não é um momento, não é...
É a Joana, e sou eu, e 7 anos!



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