domingo, 12 de abril de 2009

O sentido da música

“A música como droga? Também, certamente. A música como terapia? Com certeza”.
A partir da leitura feita, entendo que não é mais do que a interpretação da minha relação com a música, tal como a relação entre todo o ser humano
com sentidos.
A música é como que, um envolvimento sensível com a natureza do homem, sendo esta indispensável
ao entendimento da própria vida. Faz parte.
O som, o volume, o ritmo, a voz, os instrumentos, as notas... tudo se liga ao nosso corpo, tudo se envolve com a nossa mente, tudo se conjuga com os nossos sentidos. E de uma música calma a uma música pesada, passa por uma droga até a uma terapia. Escolho a minha música consoante o que quero ouvir. Hoje estou feliz, apetece-me dançar, meto uma música com ritmo que me faz recordar as noites de verão... sinto o meu corpo a balançar intimidado por estar num espaço público. Não será o local apropriado. E ontem? Ontem estava melancólico. Música calma, em que a minha boca cantava cada palavra decorada. Olhos fechados, a imaginar uma qualquer
imagem que me relaxa e me leva à reflexão...
A música é uma forma de expressão. Acontece não termos palavras e transmitirmos uma mensagem através de uma música. Acontece. A música liga as pessoas. Acontece lembrarmo-nos de alguém através de uma música. Acontece.
A música é um auxiliar das nossas interpretações.
Acontece mostrarmos qualquer coisa nosso que só tem o mesmo significado para o outro, se for acompanhado por uma música. Acontece. No entanto, somos seres humanos, únicos. Aquilo que eu gosto de ouvir, uma outra pessoa pode não gostar. Aquilo que alguém gosta de ouvir, eu posso não gostar. Eu sinto-me feliz por determinada canção que pode deixar alguém triste. Tudo é diferente para cada um de nós. E o toque sensível a que a música nos leva, depende de toda uma história que
faz de mim quem eu sou.
A música completa-me.
O meu corpo é uma tela em que cada nota é como que uma pincelada de cores. Talvez crie um quadro colorido em mim se o meu corpo viver o som com aquela alegria expressa. E naqueles dias escuros, basta ser forte o suficiente para não ouvir uma música que me acompanhe o estado de espírito. A música cuida de mim e reanima a minha alma. É isso, a música molda-se a todo o meu ser e sintoniza-me a
todo aquele som.
Mais do que o som, o volume, o ritmo, a voz, os instrumentos, as notas. Um escritor que relata a minha pessoa. Um arquitecto que me constrói. Um poeta que me canta valores de força maior. Um actor que me representa. Um software que me desenvolve. A música é uma arte expressa desde a natureza que criou o homem até à multimédia que o homem
criou.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Arquivo do blogue