quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

DÁ-ME A VERDADE: dou-te a vida. A vida esquece como a água passa, E é coisa morta a coisa que é esquecida. Dá-me a verdade! Como o que nunca foi, a vida esvoaça.
Ter o que é certo nas incertas mãos! Saber bem o que nunca pode ser! Tudo isto nos faz ermos e irmãos No nada que nós somos. Dá-me poder sentir, saber querer! Instante inútil entre ser e estar, Momento vácuo entre sonhar ou não, Tudo isto pode ser e não ficar.
Dá-me a verdade!
Mas deixa-me a mentira ao coração!
F.P.

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